BULA DO QUEIROZ
Tudo começou com o LUCA. Não, não é
aquele rapaz que vivia num 2º andar no seio de uma família disfuncional (cantado
pela Suzanne Vega no final dos anos 80), hoje um homem de meia idade com
problemas do foro psicológico, o que motivou inclusive a sua reforma antecipada
(segundo fontes próximas do mesmo que preferiram manter o anonimato). Este LUCA
de que falo é (muitíssimo) mais velho e de tempos idos, o que deixa antever que
também terá tido a sua quota parte de problemas para resolver. Até porque, tudo
indica, descendemos todos dele.
A primeira “coisa viva” na Terra
terá surgido há 4,28 mil milhões de anos (o mais básico dos microrganismos), recebendo da parte da ciência o nome de LUCA (Last Universal Common Ancestor) – o Último Antepassado
Comum Universal.
Decorridos biliões de anos desde a origem deste
milagre da vida, discutem-se agora diversas contra indicações e
efeitos secundários sobre tudo e mais umas botas, começando nas diferentes marcas de vacinas que concorrem entre si até às
prescrições da operação Marquês. Mas, apesar de
todas as incertezas, existe uma bula que, salvo melhor opinião, se mantém
sempre atual.
“Uma nação vive, prospera, é
respeitada, não pelo seu corpo diplomático, não pelo seu aparato de
secretarias, não pelas receções oficiais, não pelos banquetes cerimoniosos de
camarilhas: isto nada vale, nada constrói, nada sustenta; isto faz reduzir as
comendas e assoalhar o pano das fardas – mais nada. Uma nação vale pelos seus
sábios, pelas suas escolas, pelos seus génios, pela sua literatura, pelos seus
exploradores científicos, pelos seus artistas” – Eça de Queiroz
Sempre que o poder das ideias prevalecer, o mundo pula e avança (já dizia o poeta). O mesmo é dizer que, sem isso, nada feito.
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