CORTAR AMARRAS
O que é que o/a “amarra” a uma segurança ilusória? E, se de repente, se visse privado da mesma e tivesse de recomeçar? Que outros recursos e competências poderia acionar? Como faria para se reinventar?
Segundo uma lenda oriental, um mestre ancião decidiu ir à aldeia mais pobre de todas as aldeias da região. Quando chegou, entrou numa habitação minúscula onde viviam pai, mãe, quatro filhos e dois avós.
Apesar da penúria, a família possuía um bem extraordinário
face às circunstâncias: uma vaca faminta cujo pouco leite lhes servia de
alimento, o único que tinham.
O pai, pobre mas hospitaleiro, convidou o mestre para
passar a noite com eles. No dia seguinte, antes do sol nascer, o mestre sacou
de uma adaga e degolou a pobre vaca. Feito isto, regressou a casa.
Um ano mais tarde, o mestre voltou à aldeia para saber o que tinha acontecido àquela família. No lugar onde estava o casebre miserável encontrou uma casa grande e luxuosa, vendo o pai a sair, bem vestido e com alguns quilos a mais.
Este, que não sabia ter sido o mestre a degolar a vaca, contou-lhe que no dia em que tinha partido, um invejoso lhes tinha liquidado o animal.
- Aquela vaca era o nosso sustento. Quando a vimos morta
percebemos que estávamos em apuros e que teríamos de reagir. Decidimos limpar o
pátio das traseiras e semeámos para comer. Passado algum tempo, percebemos que
conseguíamos produzir mais do que necessitávamos e começámos a vender. Com os
lucros, comprámos mais sementes e outro terreno. Agora, cada vez produzimos e
vendemos mais.
“Há pessoas que, vivendo numa cela imaginária, são
prisioneiras das suas próprias mentes, empurradas pelas limitações impostas a
si próprias, aceitando o desfavorável da sua condição” – Andrew Carnegie
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