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NORMAS SIM, CONFORMISMO LOGO SE VÊ 

 

“De todas as emoções, o medo é aquela que mais debilita o bom senso” – Cardeal Retz

 

Quando olhamos para os processos de influência social, o primeiro fator que se apresenta é a norma.

 

As normas estabilizam o meio, simplificando a aprendizagem e a adaptação do indivíduo. Facilitam as relações interpessoais, tornam previsíveis os comportamentos do outro e permitem a sua descodificação, são sinais do grupo a que se pertence e facilitam a integração no mesmo.

 

Mas uma norma, quando se torna inútil para o grupo (arbitrária), pode ser posta em causa (nalguns casos deve). E é nestes momentos que se torna crítico fazer uma boa gestão do conformismo.

 

Segundo o efeito de Asch, se existir um grupo que promove uma determinada ação (mesmo que questionável), uma pessoa pode conformar-se e submeter-se para se integrar. Mas será que deve?

 

Outra das variáveis que consolida o conformismo é a dependência informativa, ou seja, a importância que as avaliações e opiniões dos outros têm para nós. Claro que são um fator a ter em conta, mas quando nos tornamos dependentes delas estamos simultaneamente a diminuir a nossa confiança, autoestima e, no limite, a abdicar da nossa identidade.

 

A liderança de opinião existe (efeito de Milgram), por exemplo quando um médico afirma na televisão que determinado medicamento é eficaz. Por ser médico, uma grande maioria das pessoas acreditam na sua mensagem (e não a questionam). Mas será que devem?

 

Claro que, transversalmente a tudo isto, a dependência normativa está sempre presente, referindo os riscos que correm aqueles que não seguem as normas (rejeição, punição ou exclusão).

 

E é por isso que gerir o conformismo passa, em grande medida, por gerir os medos, sejam eles espontâneos ou sugeridos.




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