ESTA AMEAÇA É UMA OPORTUNIDADE
Demétrio
de Falero, político e filósofo de Atenas, foi nomeado pelo general macedónio de
Alexandre, o Grande, Ptolomeu I, como o primeiro bibliotecário da Grande
Biblioteca de Alexandria, após dizer que “não existe homem mais desgraçado do
que aquele que nunca experimentou a adversidade”.
É durante
as crises, nomeadamente nas de maior dimensão ou mais impactantes, que caem os
medíocres, aqueles que não merecem os lugares que ocupam (Trump já foi, outros vão
seguir o mesmo caminho). Nicolau Maquiavel afirmava que “a natureza dos homens
soberbos e vis é mostrarem-se insolentes na prosperidade e fracos na
adversidade” (acontece nos países, nas empresas...).
A
atitude perante as crises revela aqueles que se superam a si mesmos e os que se
deixam dominar pelo desespero, sintonizando-se obsessivamente com o lado negro
das situações, numa espiral de constante negatividade. Immanuel Kant traduzia
este cenário como “profecias que se cumprem a si mesmas”.
Encontrar
soluções para uma crise deve ser uma busca constante e ininterrupta, utilizando
iniciativas disruptivas capazes de combater obstáculos alinhados com o conceito
de “nó Górdio” (lenda metafórica que ilustra os problemas que se
apresentam como insolúveis ou extremamente difíceis de resolver (representados
pela tentativa de desatar um nó impossível).
Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o oráculo anunciou
que o seu sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi
cumprida por um camponês, de nome Górdio,
que foi coroado. Para não esquecer o seu passado humilde ele colocou a carroça,
com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus,
amarrando-a com um enorme nó a uma coluna. O nó não era possível de ser desatado
e por isso ficou conhecido.
Górdio reinou durante muitos anos e, quando morreu, o seu
filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu substancialmente
o império mas não deixou herdeiros. Perante este cenário, o oráculo foi ouvido
novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria todo o mundo.
Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar
esse feito, até que em 334 a.C. Alexandre, O Grande, ouviu essa lenda ao
passar pela Frígia. Intrigado com a questão, e estimulado pelo desafio, foi até
o templo de Zeus observar o feito de Górdio.
Após muito analisar, ao invés de tentar desatar o nó, desembainhou
a sua espada e cortou-o.
“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade” –
Albert Einstein
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