DISSONÂNCIAS
“Se
as nossas crenças sólidas entram em conflito com uma realidade que demonstra o
contrário, experimentamos uma incómoda dissonância cognitiva” – Leon Festinger
Consonância
existe, quando dois elementos não se contradizem entre si.
Dissonância
existe, quando um elemento implica o contrário de outro. O exemplo clássico é o
do fumador, que sabe estar a fazer mal à sua saúde (e à dos outros), mas, apesar disso, não deixa
de fumar.
Quando
associamos a dissonância aos processos de tomada de decisão, podemos verificar
que uma dissonância pós decisional é maior, consoante o grau de importância dessa
decisão, o grau de atratividade das alternativas rejeitadas, o grau das
diferenças entre as alternativas iniciais e o número de alternativas existentes
à partida.
Para reduzir
esta dissonância, importa avaliar de forma positiva a alternativa que se
escolheu, avaliar de forma negativa as alternativas que se rejeitaram, recordar de
forma seletiva os aspetos positivos da escolha e assumir que não se podiam prever eventuais consequências menos boas da decisão tomada.
Pode também
existir dissonância associada à não confirmação de expetativas, nomeadamente quando
se espera que algo aconteça e isso não sucede. Neste caso, ao tentar reduzir a dissonância,
em vez do esforço investido ser na retificação de erros, existe uma forte tendência para
a justificação e a persistência nos mesmos.
A esta tendência atribui-se a designação de comportamentos
contra atitudinais ou consistências inflexíveis. Por exemplo, quando alguém assume que fumar prejudica a saúde mas, como ajuda a relaxar, vai
continuar a fazê-lo.
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