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TERTÚLIA


Nome feminino (do castelhano tertulia), reunião familiar ou de pessoas com interesses comuns, reunião para troca de ideias sobre diversos temas, termo popular de embriaguez.

As tertúlias nasceram em Paris e foram trazidas para Portugal, sendo associadas aos cafés. Cada um deles tinha uma ou mais tertúlias, sobre temas diferentes. Aqueles que as integravam “identificavam-se” como pertencendo à tertúlia X ou Y, com o intuito de “separar as águas” no que a correntes de pensamento diz respeito.

Em Portugal, a zona do Chiado em Lisboa, dado o grande número de cafés que aí proliferam, assumiu a pole position na quantidade de tertúlias: A Brasileira, o Nicola e outros, receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais, apenas para citar alguns.

Os cafés Majestic, A Brasileira e Guarany, situados no Porto, foram eleitos por muitos para a realização de tertúlias a norte.

Feito o enquadramento, tertulianos e tertulianas, digam de vossa justiça!



JEKYLL PARA OS AMIGOS,
HYDE PARA MIM MESMO

Fechas a mala, vai.
Vestes o casaco
ajeitas o cabelo
no espelho da entrada.
Vai, ouves de novo
quando o que queres ouvir é
fica.
Bates com a porta
as chaves do carro,
naquele barulhinho irritante,
indicam-te o caminho.
As mãos, à janela,
acenam-te a despedida,
quando o que queres é braços abertos.

O passo abranda.
Paras.
Ouves a batida que vem de dentro.
Irregular, forte, sem freio.
Eles lutam pela tua atenção.
Às vezes nem os reconheces,
mas eles alugaram-te como condomínio fechado.
Tantas vezes escondidos.
Muitas mais à vista de todos.
Nunca sabes quem vai ganhar.
O passo abranda.
Paras. Outra vez.
É o Doc que está a ganhar.
Vais.
Quando o que queres é ficar.
Não sabes resolver.
É tudo tão forte.
Sentes-te o peão,
enquanto eles lutam pela tua alma.

Não vais abrir a porta do carro.
Não vais ajeitar o espelho.
Nem o casaco.
Vais fazer um rewind.
Não vais fugir.
Vais ficar.
É o que tu queres.
Isso e um beijo
que te deixa ficar ali para sempre.

Rui Simões – Diretor Criativo*
*escreve coisas para divulgar outras coisas



INFLUÊNCIA TÓXICA? NÃO, OBRIGADA!

A influência organizacional é um assunto que muitas questões levanta, seja porque os líderes o fazem de uma forma irrepreensível e inspiradora, seja porque existem indivíduos que «contaminam» negativamente o ambiente organizacional e ninguém tem a coragem de os parar.

A que mais me preocupa, não só enquanto indivíduo, mas também enquanto responsável pela minha equipa, é a capacidade que algumas pessoas têm de influenciar negativamente e de manipular outras. É certo que cada um de nós deve conseguir proteger-se das pessoas tóxicas, mas também aqui o líder tem um papel fundamental.

O meu dia-a-dia é passado a garantir que todo o trabalho é feito dentro do prazo, de forma consistente e com a maior qualidade possível, a tomar decisões sem muito tempo de reflexão pois é necessário «fazer acontecer» rapidamente e a estar atenta às minhas pessoas. Este último ponto é aquele com que me debato mais, pois defendo que pessoas satisfeitas e motivadas, produzem mais e cultivam a lealdade e o espírito de equipa (isto é a minha tentativa de um dia poder vir a ser uma «líder»). Nesse sentido, tenho refletido na questão inicial da influência organizacional, sendo que ainda tenho muito a pesquisar e aprender sobre o assunto.

Ainda assim, com base na minha experiência, conclui que quando alguém «tóxico» tenta influenciar um indivíduo, existem dois cenários possíveis: o indivíduo cede a essa influência e transforma-se numa verdadeira marioneta às mãos do outro ou o indivíduo resiste e o perigo de conflito torna-se iminente. Caso o conflito leve a melhor, as consequências podem ser devastadoras, quer em termos de motivação da equipa, quer em termos de retenção de talentos e felicidade laboral.

Nenhum dos cenários é o ideal, daí que o líder deva estar atento às suas pessoas e ter sabedoria para tomar a decisão certa, no momento certo, por mais dura que seja, desde que seja em prol do bom ambiente organizacional e do bem-estar das suas pessoas.

Vera Quintela – Responsável de Contabilidade*
*soma, subtrai, multiplica e divide



A NOSSA MENTE DEVERIA SER A NOSSA MELHOR AMIGA

Procuramos muitas vezes evitar ou resolver situações de conflito com outras pessoas na vida pessoal e profissional. Queremos criar boas relações, amizades e parcerias, esquecendo que os conflitos mais importantes de gerir não são externos e tão "visíveis", mas sim escondidos no nosso interior, na nossa mente. O mesmo se aplica consigo e a sua mente!

Existem situações de conflito interno quando existem pensamentos ou crenças contraditórias e a nossa mente, simplesmente, não pode manter crenças e pensamentos contraditórios simultaneamente. Não pode estar feliz e deprimido ou divertido e negativo ao mesmo tempo ou dizer uma mentira e pensar que está a ser honesto. Não pode ser uma pessoa que atua diariamente na direção dos seus objetivos e sentir-se um fracasso.

As crenças contraditórias confundem e bloqueiam a mente, impedindo-a de o ajudar a aproximar-se daquilo que realmente deseja criar na sua vida. E, porque é impossível para a mente manter crenças contraditórias, eles automaticamente anulam-se mutuamente e apesar dos seus melhores esforços, as situações que gostaria que surgissem não se materializam - sem que compreenda porquê. Também chamamos a isso, auto sabotagem.

As pessoas bem sucedidas em qualquer área, como o relacionamento, a saúde ou a carreira, têm conceitos muito precisos e claros porque sabem que a sua mente toma tudo o que eles dizem, sem exceção, como pura verdade. Ela não questiona se o que lhe estamos a dizer internamente é verdade ou mentira, bom ou mau - apenas aceita o que está a ouvir.

Se prestar muita atenção às palavras e frases que está constantemente a dizer a si próprio, poderá identificar algumas palavras negativas que se repetem como "não sou capaz" ou "existem outros melhores do que eu". Será que falaria com a sua melhor amiga ou com o seu melhor amigo dessa forma? Certamente que não. E a verdade é que a nossa mente deveria ser a nossa melhor amiga, a nossa maior aliada.

As suas palavras e pensamentos são influências poderosas, a sua mente está constantemente a ouvir e o facto é que a sua vida é altamente influenciada pelas palavras que diz repetidamente e pelas imagens que coloca na sua mente.

Tornar a sua mente a sua melhor amiga só depende de si. Tome a decisão de tornar a sua mente a sua maior aliada. Fique atento a cada palavra que diga e a cada pensamento que cria, tendo sempre em atenção que a sua mente e o seu corpo trabalham constantemente para materializar a sua realidade.

Anne-Marie Pereira - Terapeuta de Transformação Rápida*
*põe as pessoas diferentes


  
DECISÃO

Decidir, tomar uma decisão, por vezes é confundida com escolhas... 

Escolhemos fazer algo depois de termos tomado uma decisão. 

As decisões podem ser fáceis ou difíceis; individuais ou afetando um grupo alargado.

O certo é que, quando se toma uma decisão, vai surgir, cedo ou tarde, uma consequência.

No quadro atual de pandemia, somos todos os dias confrontados com escolhas, decisões.

Acredito que a sensatez, resiliência, respeito pelo outro e amor próprio, conseguem fazer a diferença.

Boas decisões!! 

Cibele Rodrigues – Enfermeira*
*trata e dá colo a quem precisa



E AMANHÃ COMO SERÁ?

“O sofrimento proporciona-nos a melhor proteção para a sobrevivência, uma vez que aumenta a probabilidade de darmos atenção aos sinais de dor e agirmos no sentido de evitar a sua origem ou corrigir as suas consequênciasAntónio Damásio, no livro O Erro de Descartes

Em tempos incertos e inquietos como os que vivemos, não seria razoável definirmos um novo caminho? Um caminho diferente do que nos trouxe até aqui?

Os mais céticos acreditam que não sairemos mais fortes nem com a lição interiorizada.

Os mais otimistas agarram a esperança que é desta... desta vez que é que aprendemos.

No Mundo, no Pais e nas empresas, os “magníficos” fazem-nos acreditar que a Humanidade ainda é o melhor que o Universo tem.
Para além do que seria imaginável, todos os dias somos surpreendidos por bons exemplos de altruísmo, respeito pelo outro, solidariedade, bondade...enfim a Humanidade!

Ontem vi uma história de um pequeno proprietário, um senhorio português, que em meados de fevereiro enviou uma carta a todos a quem arrendou habitações, com três pontos essenciais:
1)   Vem aí uma crise sem precedentes e muitos vamos passar grandes dificuldades;
2)   Ficam sem a obrigação de pagar rendas, ficam suspensos os pagamentos, durante seis meses;
3)   Findo esse prazo estabeleceremos um acordo para pagamento das rendas que não foram pagas.

Além de uma visão assinalável (quantos de nós prevíamos, o que agora vivemos, em fevereiro?), aplicou a sua capacidade financeira (tem outros rendimentos além das rendas) para aplicar uma moratória que “salvou” alguns dos seus inquilinos e ainda teve uma coragem que, outros com uma dimensão incomparavelmente maior não demonstraram, lhe poderia conferir um titulo honorifico (que tantos, com feitos menos nobres já obtiveram).

Muitos outros exemplos haverá, de outros tantos empresários, que fazem andar este Pais, que nos enchem de orgulho e que não precisam de capa, nem de capas, para se afirmarem como verdadeiros líderes capazes de decidir e influenciar.

Mas há os gananciosos, os incompetentes de sempre, os incapazes de agora e de ontem, os gestores “Mercedes”, que nos fazem assentar novamente os pés na terra e que puxam o nosso otimismo para baixo.

Os gigantes que se escondem atrás dos lucros assombrosos e que de repente desapareceram dos holofotes como se nada tivesse acontecido, os pequenos que continuam a ser os espertalhões de sempre, e os “mais ou menos” que se mantém firmes na ideia que o mais importante das suas empresas são os edifícios, as máquinas, os carros, os lucros ou os contactos de amigos bem posicionados, mostram-nos que afinal há um problema persistente que não desapareceu e que amanhã ainda será pandémico nas nossas empresas.

Os maus exemplos do Mundo, ficam para outra reflexão.

Ricardo Martins – Técnico de Formação e Desenvolvimento*
*mexe e remexe em competências



CONFLITO, INFLUÊNCIA E DECISÃO…

Esta trilogia para reflexão acompanha (“sim” ou “sim”), os exercícios de liderança, convivência e muitas vezes insegurança, a que somos sujeitos na Gestão de Equipas.

Gerir equipas é simultaneamente um exercício de esforço físico e mental, mas seguramente a mais gratificante experiência a que podemos ser sujeitos.

Pelos caminhos da indústria que tive o prazer de percorrer, a chegada a uma das empresas nesse calcorrear de pedras e asfaltos, presenteou-me com uma equipa de gente boa, verdadeiramente boa. Com fortíssimos laços de amizade, uma convivência social extraordinária, e, portanto, um genuíno grupo de amigos, e não os bons colegas que vamos encontrando ao longo do caminho…

Estes (agora também meus) amigos, viviam num permanente conflito, em primeiro lugar consigo próprios, e depois com os resultados, esses “malandros” dos quais depende sempre a motivação de cada um de nós.

A equipa em causa vinha de um longo jejum de resultados, e consequentemente deixou de acreditar. O conflito consigo mesmos, a insegurança e a incapacidade de acreditar, tinha catapultado um grupo de fortes amigos, para um registo de permanente confronto profissional, focados no problema e muito pouco na solução.

Equipa fortemente empenhada, mas tecnicamente débil do ponto de vista de gestão, sobretudo de processos.

Três semanas de acompanhamento sem qualquer interferência e/ou influência, (investidos em exclusiva observação de operações), determinam que uma decisão forte acompanhada de uma influência e pressão positiva, se transformada em resultados, traria para o universo profissional a força dos laços de amizade existentes, provocando uma corrente imparável de bem estar, desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos.

É hora de decidir…

A alteração profunda de uma metodologia existente, se bem-sucedida, era a chave do sucesso!

Que fazer? Avançar destemidamente? Convocar todos ao sonho? Acreditar nos resultados?

A conclusão era óbvia: Tem de ser agora!

Na quarta semana na empresa a decisão surge, e, quebrámos o record de sempre de resultados da equipa!

Durante esse mês fomos todos, tudo! Fizemos todas as funções, apoiámos os mais indecisos, suportámos os mais frágeis e fizemos tudo, mas mesmo tudo o que foi necessário para termos algo a celebrar.

E festejámos… À séria!

Descobrimos em conjunto que uma decisão, acompanhada da correta influência, pode transformar conflitos, connosco próprios, e com os outros em Sucesso!

Gerir equipas ainda é transformar o sonho em realidade!

Haverá coisa mais gratificante?

Não!!!

Victor Sobral – COO / Diretor de Operações, Industrial e Fabril*
*faz cenas em fábricas



AGIR CONTRA A PROCRASTINAÇÃO

Cresci a ouvir “mais vale uma má decisão do que uma indecisão”, e a vida tem-me provado a sabedoria destas palavras.

O nosso quotidiano está constantemente a exigir-nos a tomada de decisões, e estas por mais simples que sejam vão condicionar as nossas vidas. Um sim ou um não podem traçar caminhos que vão dar a lugares completamente diferentes. Grande parte destas decisões surgem de forma automática, influenciadas pela educação dada pelos nossos pais, do ambiente onde estamos inseridos, pelo estado de espírito do momento…  enfim, aquilo que somos hoje é fruto de um conjunto de decisões que de uma forma emocional ou racional fomos tomando ao longo da vida.

Contudo, quando surgem problemas que exigem decisões que envolvem mudanças estruturais, que envolvem conflitos, que acarretam riscos de várias ordens, normalmente, não são fáceis de por em prática.  Exigem-nos uma avaliação mais aprofundada da situação, dos ganhos e das perdas associadas e, por vezes, assistimos a uma acomodação...

A nível profissional, a situação não é muito diferente. Estão identificados os problemas, os resultados não aparecem e vai-se esperando “desesperadamente” por uma mudança.

Já dizia Einstein que “Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo igual”.  Como se pode constatar esta consciência dos factos não surgiu hoje! Mas mudar dá trabalho, gera conflitos e, muitas vezes, como se diz na gíria,” faz rolar cabeças” e, consequentemente, são inúmeros os casos em que se prefere manter o "status quo".

A mudança, requer todo um planeamento. Um líder tem de conhecer, acima de tudo, bem a sua equipa, quer a nível individual quer a nível coletivo. Acredito que o sucesso das decisões tomadas será tanto maior quanto maior for o entendimento de todos, mesmo quando estas não são partilhadas por todos os membros da equipa. Contudo, a força do grupo sobrepõe-se ao individual, e quem lidera tem de ter uma elevada capacidade de persuasão para influenciar massas e ter a equipa consigo.

É indispensável, que este caminho seja feito com conhecimento, com ética, com responsabilidade e em prol de um bem comum, por forma a construir um negócio de sucesso, em que todos se sintam parte integrante do mesmo.

Cristina Simões – Diretora Geral Nacional*
*resolve problemas de pele



ALEGAÇÕES FINAIS

Todos(as) aqueles(as) que aqui se pronunciaram têm, pelo menos, uma característica em comum comigo… acreditam que a “sorte” dá (muito) trabalho e algumas dores de cabeça que "aguçam o engenho".

Obrigado pelo vosso contributo!

Nuno Ribeiro – Consultor, Formador e Coach*
*abre cabeças




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